Contatos ufológicos em
Curralinhos-PI
- Obstáculos da ufologia: um cenário
construtivo
Existem situações em nossa vida que
leva-nos por caminhos não projetados. Vivenciamos múltiplas
experiências com resultados hora positivo ou negativo. Essa soma de
momentos compõem um cenário que se solidifica gradativamente, até
podermos discernir e refletir numa escala do tempo o que foi
construtivo. Se nossos propósitos foram alcançados ou se ainda falta
muito a ser galgado. Na ufologia, principalmente na pesquisa de
campo, que é a parte mais árdua dessa desafiadora tarefa. Muitos se
sentem frustrados quando vai ao campo fazer vigílias e não conseguem
ver mais do que incontáveis estrelas no espaço sideral. Outros
confundem fenômenos naturais e artificiais (ex: aviões, sucatas
espaciais etc.), e até de uma forma inconsciente se satisfazem
achando que tiveram um encontro com civilizações extraterrestres.
Outros levam multidões e encenam “shows pirotécnicos” para
demonstrarem aos seus seguidores que são o “elo” de contato com
mundos mais evoluídos. As pseudo-experiências ufológicas de campo
não cabe aqui entrar em mais detalhe. Acreditamos no bom senso, pois
a verdadeira vigília começa dentro de cada um. Questionem sempre em
cada investida ou aventura quais os resultados alcançados, com ou
sem avistamentos. Refletindo sempre se aprendeu alguma coisa, e veja
ao longo das suas viagens quais os “frutos” colhidos. Nas
vigílias que a UPUPI tem realizado em regiões interioranas do Piauí,
o cenário de campo proporciona uma metamorfose coletiva, onde
vivenciamos experiências difíceis de serem alcançadas na selva de
pedra (capital). Sempre há uma renovação de pensamentos. Situações
das mais inusitadas são postas em nosso caminho como se demonstrasse
ser uma verdadeira prova ou maratona. Os obstáculos naturais parecem
indicar que devem ser ultrapassados para Manifestarem-se os “outros”
que fogem a nossa realidade. Às vezes questionamos se realmente
certos acontecimentos são casuais, meras coincidências, ou se fazem
parte de algo muito maior. Há um ditado que diz que quanto maior a
conquista melhor é o mérito. Talvez faça parte de uma lei universal
que exija de nós mesmo muito tempo e perseverança num ideal
qualquer. Em nosso caso, o ufológico.
- Uma vigília muito luminosa...
O grupo em algumas reuniões passada
havia tomado a decisão de fazer uma pesquisa de campo no município
de Curralinhos-PI (89 Km), este que fica ao sul da capital piauiense
(Teresina). Depois de alguns adiamentos devido as mais diversas
situações surgidas, resolvemos nos deslocar para aquela região na
tarde de sábado, 21 de outubro de 2006. De praxe faríamos uma
vigília na noite deste mesmo dia e na manhã de domingo (22) as
entrevistas. Como de costume sempre verificamos as fases lunares e
condições de tempo para melhor aproveitamento. Dos dois carros
previstos para esta incursão, apenas um fez o percurso, reduzindo de
sete para cinco participantes.Fizemos apertadamente o trajeto, a
causa maior foi o número de mochilas, sacolas e acessórios de
pesquisas que deveriam ser distribuídas nos dois veículos e não
foram. Mais isso era “coisa” pequena em relação ao que à noite nos
reservava. Chegamos a este município no final da tarde e
logo tentamos realizar alguns contatos importantes. A região é
semelhante a outras visitadas. Carente ainda de infra-estruturas
parece ter uma boa administração em relação ao passado. Isso nos foi
passado pelos moradores. Grande parte da população vive da
agricultura. Isso foi comprovado pelas muitas queimadas verificadas
na estrada, causando infelizmente um grande impacto ambiental. O
piauiense por natureza é um povo acolhedor e hospitaleiro e lá não
seria diferente. O nosso contato maior não estava na cidade e
isso frustrou-nos. Pesquisas de campo seguidas de vigília em terras
estranhas necessitam de cautela, segurança e de um bom guia. Após
algumas conversas e de uma avaliação preliminar de quem seriam
entrevistados na manhã seguinte, conseguimos estabelecer um lugar
propício de manifestações ufológicas. Isso só foi possível porque
encontramos dois voluntários que nos levariam ao local determinado.
Outros se dispuseram em outra oportunidade, pelo fato de se realizar
naquele sábado uma grande festa no município e já havia compromissos
familiares com esse evento.
A noite chegou e nos deslocamos para um ponto
distante três quilômetros da cidade. Houve um problema na iluminação
do carro o que nos obrigou seguir com muita dificuldade a moto dos
nossos guias até a residência do senhor Jerônimo Vieira. Guardamos o
veículo, pegamos as mochilas e equipamentos de registros e
pesquisas, e seguimos ainda por dois quilômetros mata adentro até ao
ponto determinado. Após uns 40 minutos de caminhada chegamos no alto
de um morro com boa visibilidade. Nossos guias nos deixaram e ficou
combinado na manhã seguinte o seu retorno.
Acondicionamos o que levávamos entre duas
arvores, e após um lanche reforçado nos preparamos para observar
aquele espaço. Estávamos no lugar das manifestações ufológicas,
cobrindo uma faixa de horário propício de acontecimentos. Muitos
caçadores já haviam tido experiências com os óvnis naquela
região. O céu estrelado indicava um encontro com o
desconhecido. No cantar de aves noturnas aqui e ali, algumas
conversas em grupo surgiam como quebra de silêncio ou de uma
recordação. Poucas horas depois ouvíamos de longe a festa tão
aguardada na cidade. Também víamos pequenas manifestações de
relâmpagos que parecia indicar rumo oposto ao da vigília. Pouco
tempo depois nuvens foram surgindo ao horizonte e estrategicamente
foi-nos cercando em todos os pontos cardeais. Os nossos olhos não
acreditavam no que estávamos vivenciando. Foi nos dito que caso
necessitássemos de abrigo, havia um rancho bem próximo dali.
Por estarmos no alto de um morro, embaixo de
duas árvores e numa área limpa (preparo para roça), decidimos tentar
retornar ao QG de apoio, porque a tempestade era intensa e os raios
numerosos. Arrumamos nossa bagagem, e seguindo o facho de nossas
lanternas partimos rumo a casa do Sr. Jerônimo. A chuva chegou com
grande intensidade dificultando nossa caminhada mata adentro. Nossa
preocupação era seguir corretamente o percurso já feito
anteriormente, só que agora sem guias e com muita água sobre o
corpo. Havia pequenos caminhos que nos confundiam, formando um
verdadeiro labirinto noturno. Momentos difíceis chegaram quando nos
deparamos com um cenário desconhecido...Estávamos perdidos!
Tivemos que retornar a um ponto
conhecido e de lá vislumbrar outro rumo. O chão encharcado nos
desestabilizava, promovendo algumas escorregadas.Finalmente
conseguimos chegar em “porto seguro” depois de longa caminhada, e
tentamos nos acomodar para as entrevistas na manhã seguinte
(domingo). Difícil mesmo foi conciliar o sono, foi necessário
retirar um pouco da lama, de substituir nossas roupas por outras.
Tudo isso na luminosidade de nossas lanternas, porque o blecaute
havia chegado com a chuva e por lá permaneceu até depois de nossa
saída do município (mais de 12 horas sem energia elétrica na
cidade). Até a grande festa na cidade terminou mais cedo e com muito
sacrifício conseguimos fazer as entrevistas (as baterias foram
usadas à noite). O incrível foi em saber que havia muitos meses que
não chovia na região. Era como se o “véu” das nuvens que ali
chegaram tentasse encobrir o maior segredo de todos os tempos (ufos)
ou se ainda era necessário enfrentar este grande obstáculo. A noite
ainda reservou para alguns pesquisadores a observação de sons
estranhos vindo de fora da casa e também barulhos nos ferrolhos das
portas.
- Desvendando a casuística de Curralinhos-PI
Em todas as viagens temos um inimigo
comum, o tempo. Este na realidade tem sido um dos maiores obstáculos
ainda intransponível. Uma boa pesquisa de campo envolve muitos dias
de investigações, e isso demanda custos. Fazemos dentro dos nossos
limites o que é possível. Procurando levar ao leitor e outros
interessados pelo assunto, a uma noção do que acontece nestas
regiões interioranas do nosso Estado. Nunca estivemos tão perto de
ocorrências ufológicas como esta última. Foi-nos informado por
populares que o fenômeno havia se manifestado três dias anteriores a
nossa chegada. Isso comprovava que “eles” ainda faziam incursões
noturnas naquela região.Havíamos traçado um circulo imaginário que
abrangia outros municípios, e este desenho apontava geograficamente
a cidade de Curralinhos como o epicentro das manifestações
supostamente alienígenas. Alguns contatados importantes ficaram de
serem entrevistados posteriormente, mas conseguimos localizar
testemunhas que contribuíram com suas experiências de contato com os
óvnis (ufos). Aos pouco, parte da casuística daquele município era
nos revelada, mais sabíamos e ainda acreditamos num longo trabalho
de campo que envolva muitas localidades circunvizinhas.
Um dos primeiros entrevistados foi o Senhor
Marcos Gomes da Silva, 39 anos, morador do município. Este vivenciou
uma experiência inusitada com o suposto óvni. O fato se deu entre o
ano de 1999 e 2000. Resolveu caçar numa certa noite daquela época, e
o local seria nas terras da fazenda patos, que na época pertencia ao
senhor João Batista, que fica a oito quilômetros aproximadamente
daquela cidade. Havia intensos relatos de muitas pessoas que foram
perseguidas na ocasião, coincidindo com uma onda ufológica que
envolveu outros municípios (ver os artigos sobre Miguel Leão,
Nazária, Estaca Zero). Ele já tinha sido alertado pelo seu irmão
Francisco (viu o óvni várias vezes), mais ignorava o assunto, e até
justificava o fato como invenção do povo. Saiu as 14:00
horas e foi levado de moto pelo amigo Cristino Oliveira. No
combinado, este o deixou na fazenda e retornaria no dia seguinte
para pegá-lo. Como é costume de todo caçador, Marcos identificou o
melhor local, armou sua rede e pôs a observa a aproximação de algum
animal. Já pelas duas da manhã observou a sua frente, no sentido do
nascente e ainda distante (uns 4 Km), um objeto luminoso sobre as
árvores, do tamanho de uma bola de futebol. O mesmo brilhou por um
instante o logo se apagou. O primeiro pensamento que teve foi do
alerta que seu irmão sempre fazia e ele menosprezava. Mas
confortou-se em imaginar que o “aparelho” jamais o acharia naquela
escuridão. Enganou-se depois de cinco a oito minutos à frente,
quando a uns dez metros de onde estava o objeto brilhou intensamente
e já com tamanho bem superior. Percebeu então que “ele” o havia
achado, mais que ainda tinha errado o lugar ao projetar a “luz”.
Tratou de descer da espera com muita agilidade, temendo que o foco
do óvni projeta-se sobre ele, porque já tinha ouvido comentários que
a mesma queimava e paralisava a vítima. Somente com a espingarda
atravessada pelas costas não conseguiu descer normalmente, e teve
que pular quando o foco do “aparelho” virou para o sentido que
estava. Ao cair tratou de correr mata adentro. A partir daquele
momento iniciou-se uma intensa perseguição de aproximadamente uns
seis quilômetros até a sede da fazenda. Havia momentos no percurso
que objeto perdia o rumo de Marcos, mas conseguia abordá-lo em
caminhos seguintes. Estava convencido que tinha(m) a intenção de
encontrá-lo a qualquer custo, e isto o deixava apreensivo. Em
todo o percurso pôde observar o óvni como ninguém, já que muitos
tratavam de se esconder do temido “aparelho”. Descreveu como sendo
do tamanho aproximado de um fusca, de forma arredondada e com uma
tela na parte frontal. A luz era muito intensa, o que deixava a
forma metálica esbranquiçada. Não emitia nenhum som, e quando
parava, oscilava levemente. Tinha dificuldade em fitá-lo por muito
tempo, já que doía a vista, e suspeitava que o mesmo possuía “um
radar” para localizá-lo sobre vegetação. Parte do contato pôde ser
testemunhada pelo vaqueiro Armando e esposa e o seu vizinho, quando
estes foram acordados por Marcos ao chegar na casa da fazenda patos.
Lembra ainda que o objeto ficou por meia hora aproximadamente sobre
a copa das árvores distante uns trinta metros, como se a esperar que
o mesmo continuasse o percurso pela mata. Após este episódio,
ficou por mais de um ano sem ir caçar, evitando e temendo um novo
encontro com o desconhecido. Depois deste longo tempo, retornou a
esta velha prática interiorana, não tendo mais nenhum contato com o
suposto óvni. Segundo ele existe um projeto agrícola próxima a esta
fazenda onde seus moradores já presenciaram incontáveis vezes este
objeto luminoso, fato que será checado posteriormente.
Outros contatos interessantes aconteceram com
Jose Alves Ferreira, conhecido também como Zé Donato, 29 anos,
morador daquele município. O primeiro deu-se em Agosto de 2004,
quando estava numa “espera” (caçada noturna). Encontrava-se sobre
uma árvore lá pelas 20 horas aproximadamente, quando de repente um
objeto iluminou-se ainda distante e apagou alguns minutos depois.
Fato que fez Zé Donato descer da árvore e abrigar-se num rancho
próximo. De lá observou que o mesmo “aparelho” tornou a acender
novamente sobre o local que se encontrava anteriormente e ficou como
se estivesse procurando-o. Ainda continuou iluminado por uns vinte
minutos aproximadamente.
Em outubro de 2005, quando saiu para
realizar outra caçada noturna, conta ele que ia pedalando sua
bicicleta na zona periférica de Curralinhos, ainda cedo da noite,
quando um objeto iluminou-se sobre o mesmo. Ao deparar-se com essa
situação, jogou o seu transporte lateralmente e adentrou no mato.
Permaneceu por lá por meia hora, até ficar seguro de que não seria
surpreendido pelo óvni. Em ambos caso pôde observar a forma do
objeto. Este se assemelhava geometricamente a uma geladeira, não
emitia som, a luz era intensa e nem produziu nenhum deslocamento de
ar.
Um fato recente (três dias atrás) aconteceu com
Francisco da Cruz de Sousa, 19 anos. Este episódio foi narrado pelo
seu Pai Antônio, já que não foi possível entrevistá-lo. Conta ele
que seu filho também saiu para uma caçada (isso acontece muito em
regiões interioranas como complemento na alimentação), e ainda cedo
da noite, entre 21 e 22 horas, um objeto acendeu bem próximo de onde
se encontrava. A luminosidade permaneceu por um tempo e depois
desapareceu. Depois desta situação, Francisco evitou acender sua
lanterna durante aquela noite, temendo ser localizado pelo estranho
objeto. Contou-nos ainda seu Pai que um conhecido seu por nome de
António do “Geraldim” passou anos atrás uma noite escondido numa
moita nas margens de um riacho. O fato aconteceu quando a vítima
encontrava-se pescando e foi surpreendido pela “luz”. A mesma depois
de procurá-lo por um tempo apagava-se. Este imaginando que o objeto
havia desaparecido, saia do mato e era novamente interceptado pelo
óvni.Um acontecimento interessante ocorreu também com o senhor João
Felix, hoje falecido. Este tempo atrás foi encontrado desmaiado no
mato, e conta os populares que tinha sido o “aparelho” o
causador.
Também foi testemunha de um contato ufológico o
senhor João (figura muito conhecida na cidade), 48 anos e morador de
Curralinhos. Segundo seu depoimento, o fato aconteceu há doze anos
atrás (1994), na localidade “casa forte” distante quatro quilometro
do município. Encontrava-se numa espera e lá pela 23:30 horas
aproximadamente, um objeto luminoso surgiu sobre a copa das árvores
próximo dali. Observou ele que o respectivo objeto tinha uma dupla
luminosidade. Por fora brilhava como uma fluorescente, e ao centro
uma luz amarelada. Silenciosamente se deslocava, às vezes parando
por um tempo. De alguma forma não sofreu nenhuma interceptação pelo
óvni, e isso contribuiu para observá-lo até sumir no horizonte.
Experiência interessante aconteceu com
Francismar,27 anos, também morador daquele município. Em 2004 vinha
o mesmo em seu veículo de Teresina juntamente com sua irmã e prima.
Era ainda cedo da noite, quando ainda faltando vinte quilômetros
aproximadamente para chegar em Curralinhos, observou um brilho
esverdeado sobre um campo de futebol que fica as margens daquela
estrada vicinal. A estranha luminosidade foi rápida (uns dois
segundos), mas tão intensa que foi possível enxergar tudo a sua
frente. Não emitiu som nenhum e nem mudou de cor. Conta ele que
ficou sabendo no dia seguinte, que a mesma luz incomodou os
moradores da localidade “fazenda nova” durante quase toda noite.
Frankislan,22 anos, também vivenciou um fato
estranho em julho de 2004. Conta ele que estava sentado na porta de
sua residência juntamente com seus familiares quando a sua frente e
distante visualizou quatro objetos esféricos de luminosidade azulada
subindo lentamente no horizonte. Afirmou-nos que os mesmos mantinham
distâncias iguais entre se. Estavam enfileirados e mantiveram-se
assim até sumir do seu campo visual. Ficamos sabendo ainda de
muitas outras testemunhas, mas que devido ao tempo escasso ficarão
de serem entrevistadas a posteriores. Como o do senhor António
vaqueiro, que inúmeras vezes teve que “voar” em seu cavalo quando
vinha das matas periféricas daquele município para não capturado por
aquela “luz” misteriosa. Fatos mais recente como do morador “mano”
como é mais conhecido, e de tantos outros que compõem aquele cenário
tão comum a nós pesquisadores. Acreditamos que da mesma forma com
que estes “objetos” ou “aparelhos” interceptam os moradores daquela
região de forma inesperada, a qualquer hora e lugar poderemos
registrar em nossas lentes fatos tão reais e corriqueiros ao povo
simples e hospitaleiro desse imenso
Estado.
Equipe envolvida: Flávio
Tobler, Igor Patrik, Israel, Leonardo e
Samuel. Redação: Flávio
Tobler Entrevistas: Igor Patrick e Flávio
Tobler Apóio Técnico: Israel, Samuel e
Leonardo. Agradecimentos: Jerônimo Vieira e
Luiza Siqueira José Alves e “Neném” Núcleo da
UPUPI Novembro de 2006
|